sábado, 13 de julho de 2013

NIÓBIO fazendo milagre em Araxá

Enquanto o Brasil lamentava o PIB baixo de 2012, a mineradora CBMM teve um ano ótimo. Cada um dos 1.800 funcionários ganhou nove salários de bônus. 
A extração do Minério Nióbio
O nióbio de Araxá fica na superfície. Os "mineiros" da CBMM, assim, jamais ficarão presos em túneis escuros em caso de acidentes. A exploração do nióbio da CBMM consiste em retirar a terra de uma enorme área de 4 quilômetros de largura por 4 de comprimento e levá-la para uma espécie de peneirão. É quando o nióbio, de cor azulada, é separado da terra comum para depois ser vendido para os clientes. Michele Loureiro, de 
Máquina da CBMM em processo de reaproveitamento de rejeitos

É o milagre do Nióbio
O contrabando da mina de Araxá para o exterior que produz em alta concentração o metal altamente estratégico para o planeta, o nióbio, com o agravante de que o Brasil ainda esta pagando para ser roubado.  Todos os presidentes nos últimos trinta anos, nunca responderam as indagações sobre o o minério nióbio. Tão pouco, quando o político Eneas denunciou na Câmara Federal nos anos 90 a sua expropriação. Por que os presidentes não respondem as indagações da sociedade brasileira sobre o assunto?

Em 2012, a CBMM faturou 4 bilhões de reais, 17% mais que no ano anterior. Sua margem de lucro é de 50%. Se não vale tanto, a participação acionária do clã na mineradora chega muito perto. Há dois anos, os Moreira Salles venderam participações minoritárias na CBMM para empresas chinesas e japonesas. A transação avaliou a mineradora em 26,9 bilhões de reais. A participação de 70% dos Moreira Salles na montanha de nióbio vale, portanto, quase 19 bilhões de reais.  

embaixador Walther Moreira Salles (Unibanco-CBMM) com Oswaldo Aranha e Amaral Peixoto em 1959.
(*) Em 1964, por razões pessoais, o presidente Costa e Silva decidiu cassar o embaixador (boa visão) e perguntou a opinião do então ministro Delfim Netto (justo para quem!). A resposta de Delfim!: “Teremos apenas problemas com toda a imprensa internacional, com os banqueiros estrangeiros e com os governos dos Estados Unidos e da França.” Costa e Silva (morte misteriosa!) desistiu da ideia. Naquele momento, o presidente linha-dura descobria o que muitos já sabiam: o embaixador estava acima do bem e do mal. Moreira Salles construiu em torno de si uma reputação de integridade inabalável. No mundo dos negócios, era um cavalheiro cuja palavra era uma só. Quem negociava com ele dormia tranqüilo. Jamais seria passado para trás. Na década de 60, foi sócio de Nelson Rockefeller nas incursões do bilionário americano pelo mundo dos negócios no País. A principal delas foi a criação do fundo Crescinco, que pavimentou a estrada para o desenvolvimento do mercado brasileiro de capitais. O Brasil entrava na roda financeira internacional pela porta da frente. David Rockefeller, fundador e presidente honorário da Comissão Trilateral, escreveu: "Alguns até acreditam que são parte de uma cabala secreta trabalhando contra os melhores interesses dos Estados Unidos, caracterizando a minha família e eu como 'internacionalistas' e de conspirar com outros ao redor do mundo para construir uma estrutura mais integrada política e econômica global - mundial, se você quiser. Se essa é a acusação, então sou culpado, e estou orgulhoso dele. http://www.newswithviews.com/Monteith/stanley100.htm#_ftn1

2 comentários:

Reinaldo Ribeiro disse...

Esse minério teria de figurar entre as mais importante commodities e ser comercializado na BMF. É vendido na informalidade e à sorrelfa, sem fiscalização. Acorda, gente. O Brasil detém 98% das reservas mundiais desse mineral estratégico e está perdendo dinheiro graúdo.

Marilda Oliveira disse...

Grata Reinaldo por suas ponderações. Realmente, o Nióbio continua sendo expropriado no Brasil aonde os governantes não respeitam as leis e a CF. No momento o que mais me preocupa é o Urânio que enriquecido nas mãos de irresponsáveis que não respeitam as Normas Internacionais, é preocupante: http://mudancaedivergencia.blogspot.com.br/2015/01/uranio-brasileiro-extraido-acima-das.html